Fonte: Ismael Bravo*
No ensino médio no Brasil vamos encontrar colégios tradicionalíssimos,
tanto privados como públicos com excelentes resultados, haja vista os trabalhos
realizados pelas escolas federais em especial a qualidade de ensino dos
colégios militares e o que dizer do colégio da EMBRAER! Poderia ficar aqui
enumerando vários exemplos exitosos e com certeza estaria cometendo omissões,
visto que, mesmo naquelas unidades com inúmeras dificuldades, vamos encontrar
profissionais obstinados pela busca da educação diferenciada, são os nossos
beija-flores apagando o fogo na floresta.
Só para começar a pensar em currículo e ensino aprendizado para o
ensino médio, o MEC tem e deve beber nessas fontes a solução para as nossas
dificuldades estão aqui dentro dessa imensidão de cases de sucesso. Para isso, há
de se dispor a operacionalizar o real dentro da perspectiva e variedades
territoriais existentes, colocando em prática aquilo que têm de ensino,
eliminado a tecnocracia construída dentro da estrutura rígida dos órgãos
públicos e ir até as unidades escolares, com a disposição de aprendiz.
Vamos nos ater a um referencial recente e de sucesso, esse conseguido
não em apenas um ato mais na forma de um enredo, que faz do Ensino Médio
Augustinho Brandão, lá na humilde Cocal dos Alves no Estado do Piauí, um caso de
sucesso a ser seguido tanto para as unidades localizadas em um contexto
territorial assemelhado, como para locais onde a caracterização social se
apresenta com extrema dificuldade e falta de esperança aos jovens sem objetivos
de vida.
Então, é necessário blindar esse projeto, para que se consolide ainda
mais os princípios básicos estabelecidos para continuidade e desenvolvimento na
consolidação da forma Augustinho Brandão de ser e poder propagar para outras
unidades de forma clara para não descaracterizar a proposta original, criando o
fator de referência para os profissionais aficionados por essa forma de fazer
educação.
Tudo isso para não ser mais um exemplo de sucesso e ficar nas reminiscências
históricas da educação, onde todo mundo aproveitou a mídia e tirou sua casquinha,
do mais simples político até o alto poderio da capital. Sem esquecer e não
menos importante vem os ideólogos de plantão querendo classificar o trabalho dentro
de uma escola ideológica, transformando-a em mais uma peça de prateleira das
bibliotecas universitárias.
Será preciso fortalecer esse grupo que tem mostrado unidade e bom uso
da internet com seu site http://www.augustinhobrandao.net.br/, sua
participação na rede social http://www.facebook.com/augustinhobrandao,
além do orgulho e bairrismo demonstrado pelos ex-alunos em evidenciarem as suas
origens ao enaltecerem a importância da formação ali obtida. Esse modo de ser
faz com que os atuais alunos, mesmo assediados por instituições de ensino de
outras localidades interessadas somente no marketing da conquista obtida, se
mantêm na escola até o final dos estudos, reservando ao ensino superior a
possibilidade de outros horizontes.
Ser um aparelho social irradiador do encaminhamento das necessidades
locais é a grande missão da escola de Ensino Médio Augustinho Brandão, principalmente
para a vida educacional futura de seus egressos.
O que fica é: Quem se incumbirá do papel de disseminar esse modelo de
ensino médio para as realidades afins do nosso imenso território?
Cabem aqui os agradecimentos aos dez professores, o coordenador, a
diretora, os cento e trinta e cinco alunos e aos demais profissionais da escola,
Ensino Médio Augustinho Brandão, pela oportunidade dada ao Brasil.
(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor
em políticas de educação e sistemas educativos.
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