sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Educação protagonista de sua mudança

Que a educação não é prioridade como política pública no país, todos nós sabemos, basta conferir os resultados educacionais apresentados na diversidade dos níveis e modalidades de ensino existentes, as avaliações estão aí para mostrar.

Da mesma forma que os resultados aparecem, os governantes correm a justificar que os programas elaborados estão a resolver, e muitos acham que o volume de recurso destinado dará conta de resolver, ou até equacionar, a realidade plural existente nos 5.565 munícipios brasileiros. É só dividir pela necessidade cada um e verás que é uma gota.

Para mudar esse panorama e valorizar a educação colocando-a como protagonista do desenvolvimento do país e não vir a reboque desse processo, como acontece há tempos, em que os profissionais da educação precisam sentar à mesa de planejamento estratégico e apontar as necessidades educacionais necessárias.

Existe uma falta de representação efetiva da educação na tomada de decisão nas esferas de poder. Isso pode-se perceber ao responder a seguinte questão: Quantos são os educadores, reconhecidos por todos, que estão na lida educacional e fazem parte das esferas de decisão dos entes federados que tratam de defender, priorizar e representar a valorização da educação brasileira? Um, dois, três... poucos ou quase nada hein!

Hoje os atores que representam a educação transformaram-na em motivo de descrença ou trampolim para uma série de oportunidades para outros setores da sociedade e interesses pessoais e de grupos. Incluindo aí professores que se apresentam como os “sabem tudo” e que na verdade estão a mando de ideologias predominantes na área educacional ou representações de classe que dizem ser defensoras dos educadores e na realidade estão para garantir seus objetivos que por vezes não são nada educativos.

Colocar essa reflexão e de maneira premente com o objetivo de suscitar nos educadores, que estão nas salas de aula e que as duras penas tentado fazer algo diferente para o educando, a quem será que na próxima eleição, depositarão a confiança para cuidar e defender a educação como protagonista do desenvolvimento do país, dado a ela o papel de sentar-se à mesa e decidir seu futuro.

Devemos ser seletivos em nossas escolhas e ter muito cuidado em quem apoiar. Só pelo fato de se apresentar como: Professor fulano de tal e por aí a fora, sem nunca ter colocado os pés em uma escola, é correr o risco de achar que fará algo para mudar uma realidade que não conhece.

Aproveitem esse momento de tantas avaliações educacionais por aí afora para pesquisar e refletir, a sugestão é que acessem pela internet a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, da Assembleia Legislativa, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, os Conselhos de Educação Nacional, Estadual e Municipal. Conseguem enxergar algum educador que pensa e pratica a educação contemporânea?

Lembrando que num passado não muito distante quem decidia as questões prementes da sociedade nos municípios eram os Prefeitos, Delegados, Religiosos e o Professor.

Estará nas mãos de quem faz educação, abandonar a condição de membro da massa de manobra e serem os protagonistas da mudança no legislativo e executivo, assumindo o papel pragmático de toda experiência vivida ao longo de séculos. Nesse sentido, torna-se necessário evidenciar e colocar no seio do poder quem saiba decidir pelo futuro educacional da nossa sociedade e não delegar a aventureiros os nossos desígnios.

(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.

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Fonte: Ismael Bravo*

sábado, 7 de setembro de 2013

Planejamento Escolar


Para que o planejamento venha ter efeito necessário é preciso lançar mão de metodologia no ato de planejar, aqui apresentamos a nossa sugestão... Grande abraço

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Gestão Escolar


Elementos essenciais para serem considerados pelo gestor da escola contemporânea, sem os quais terá muita dificuldade na assertiva de suas ações. Mais detalhes, entre em contato. Grande abraço

Plano Municipal de Educação: Elaboração


Representar a explicitação e o consenso construído em torno de uma política municipal de educação para os próximos dez anos de forma ativa e participativa

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Refazer a educação a partir das necessidades do aluno - Ismael Bravo*

Parece óbvio mas não é... Existimos enquanto profissionais da educação por que na escola tem aluno, caso contrário, não existiríamos.  Portanto, pensar a organização da educação é imergir no cotidiano escolar.
O que ocorre hoje é que inúmeros personagens acadêmicos, midiáticos e os tidos gurus da educação propõem soluções idealizadas para outra época sobre a égide de outros fundamentos que não os atuais nas escolas, portanto, sem sustentação. Essa visão é o que permeia pelas Secretarias da Educação e no Ministério da Educação, em que esses personagens influenciam a estrutura organizacional das escolas no país.
Enquanto a lógica da política pública da educação deva ser estabelecida a partir das necessidades educacionais da sociedade que a demanda, só será efetivada no ato de ensinar na sala de aula por meio da relação professor-aluno. Portanto, é na estrutura organizacional escolar que encontramos alguns dos atores mais importantes do processo educacional: alunos, profissionais da educação e pais-responsáveis, ou seja, a Sociedade e a Escola. No encontro desses atores nos dias de hoje, observa-se um destoar de interesse entre eles, que a organização escola sente dificuldades em equacionar.
A sociedade, representada pelos pais e/ou responsáveis dos alunos, busca acesso pleno a educação em todos os níveis e modalidades e com qualidade intangível, pois não têm clareza do que espera receber, cabendo a escola definir a qualidade da educação a partir do entendimento de que sociedade é essa contada por ela e não pelos muitos achismos encontrados hoje.
Obter o perfil socioeconômico da família do aluno é fundamental, ao início de todo ano letivo e de preferência no ato da matrícula ou rematrícula, cujas informações contribuem para as várias ferramentas do dia a dia da escola: Projeto Pedagógico (Plano de Ensino e de Aula), Plano de Gestão e Regimento Interno. É de bom senso aproveitar o momento para colher detalhes fisiológicos dos alunos e se houver condutas específicas como está o acompanhamento, além do cotidiano da sua vida de cidadão.
Ao entrar nos meandros da escola encontramos uma organização que passa a existir quando os órgãos vivos que a compõem entram em cena, os profissionais da educação, aqui representados pelos colaboradores docentes e não-docentes, que fazem as atividades meio e fim acontecer. Estes têm que estar preparados para desvelar e implantar a forma de efetivar o processo educacional que responda a demanda e exigências da sociedade em que estão inseridos, identificadas no estabelecer do seu perfil.
Esse forma de gerir pode significar para muitos, algo já realizado e resolvido no dia a dia da escola e até abandono de fazer uso do perfil por não sentir significância. Ledo engano... A partir das constatações de que sociedade é essa, a escola tem em mãos quais as habilidades e competências que os profissionais de educação precisam para desempenhar suas funções, que venha a colocar em prática o nível de qualidade que está na expectativa da coletividade atendida.
Então, qual a formação necessária para esses profissionais?
Para o profissional não-docente é preciso um plano de carreira que foque as necessidades dos processos educacionais, o perfil deverá ser evidenciado no ato de sua contratação, ficando claro que profissional a escola precisa. Subindo na escala hierárquica até o grupo gestor ou equipe gestora, vê-se que invariavelmente deixaram a docência para assumir a promoção da nova função, ainda sem preparo para visão de que a Organização Escola não é uma grande sala de aula, e que dependerá de conhecimento de outras ciências, pois a pedagogia não dá conta de explicar o que não se trata do processo de ensino-aprendizado. Entretanto o preparo do profissional gestor chega de forma generalista sem contextualizar a realidade e as adversidade da escola.
O beber na fonte de outras ciências para entender os processos no dia a dia na escola, como forma de potencializar as habilidades e competências dos profissionais ali presentes, é fundamental, pois aponta o que deve ser buscado em suas formações. Vamos lá: administração, contábeis, gestão de pessoas, economia, geografia, demografia, sociologia, antropologia... só algumas para dar conta dos processos e atividade meio que se apresentam hoje. Ficando estabelecido os conhecimentos que devem ser exigidos nos cursos de extensão, aperfeiçoamento e nas pós lato e stricto senso.
Passando ao profissional docente, o agente da efetivação da política pública e responsável pelo ensino-aprendizado, vamos nos deparar com uma situação problemática e não equacionada nas formações de licenciados no Brasil. As Instituições Ensino Superior na formação de professores não estão os habilitando para o perfil de egresso que dê conta das necessidades educacionais da educação básica, neste caso, haja vista que não é de praxe realizar pesquisar junto aos gestores das Secretarias de Educação, para identificar as habilidades e competências necessárias ao desempenho da atividade docente.
Da mesmo forma que a educação carece de um currículo para educação básica, a formação dos docentes passa por essa mesma situação. O reformular a formação do docente que dê conta das diversidades impostas pelo modo como a sociedade vem se delineando, tem mostrado que além das ciências apontadas, outras que avançaram no entendimento fisiológico do ser humano devem ser evidenciadas, como a neurociência no cognitivo e a psiquiatria...
Há de se considerar conceitos científicos atualizados na formação do professor que o permita conhecer melhor a criança e ao adolescente. Saber que apesar dos seus pouco anos de vida a criança mesmo analfabeta funcional não o é tecnologicamente, pois já nascem chipadas. E o que dizer do aluno adulto com o conhecimento já adquirido pela vida? Só a Andragogia pode apontar os cuidados metodológicos e diferenciados que a modalidade requer.
O perfil do profissional docente, extraído a partir da miscigenação social que fundiu e funde a nossa sociedade dentro desse amalgama plural que vamos buscar a forma de habilita-lo no trabalhar com indivíduos díspares em uma mesma sala de aula. Situação já vivenciada pelo professor da escola rural típica, com uma só sala de aula multisseriada que dava conta da diversidade, mas que se perdeu com o passar dos anos ao pensar a educação para educando tipo ideal.
Pois bem, pensar que na forma como estão estruturados o Ministério da Educação e as Secretarias de Educação e que esses possam fazer a transformação que venha de encontro às mudanças sociais sentidas pelas escolas no estabelecer do perfil, está distante de acontecer sem que passe pela reformulação da academia, pois sua forma de atuar é o reflexo e ressonância em círculo vicioso dentro dessas estruturas.
Os idealizadores da estrutura atual, são oriundos de um meio com autonomia e distante da realidade da sociedade, postam como formadores de pensadores e apresentam seus cursos de licenciatura e pós para docência generalista, e que de modo invariável estão a ocupar os cargos de comando no Ministério da Educação e nas Secretárias de Educação.
Isso tudo é, no mínimo, destina os agentes da política pública educacional ao infortúnio, vivendo do modelo utilizado para educação de programas de governo, desvinculado de um Plano de Estado, que ora tem e pois não se sabe se terá, aparentando por meio de maciça publicidade à sociedade um certo volume de recursos. Mal sabem que não será para todos.
Por fim, fica a disposição de que não se pode macular e ofuscar objetivo de vidas que não são nossos, segregando e estigmatizando o futuro de muitos, hoje aluno amanhã adulto desesperançado.

(*) É Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos. 

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terça-feira, 9 de abril de 2013

EDUCAÇÃO OFUSCADA E SEM IDEÁRIO


Fonte: Ismael Bravo*

O quanto importa a composição do ideário educacional? E, se importante, como defini-lo? Devemos agregar a essa linha de pensamento, que os princípios dos ideários, impostos na formação ideológica acadêmica da educação, caíram por terra com as mudanças ocorridas nos blocos defensores de doutrina que não mais dão conta de incorporar todo o desenvolvimento e evolução alcançados pela sociedade e disponível em fácil acesso.

Todas as ideias até então tidas como de solução e empunhada como bandeira de mudança romperam-se e vive o sentimento de que uma massa enorme de profissionais da educação ficou sem base de fundamentação para essa realidade. Frustrados pela forma como seus sonhos foram perdidos e muito mais, vendidos a que preço e por atores até então endeusados que hoje se desvelam como da pior espécie e subjugados ao mundo do crime, mas ainda envoltos da máscara social.

Ao utilizar da ideologia do tudo pelo social, formou-se um instrumento de dominação que age por meio do convencimento e de forma prescritiva, alienando a consciência da sociedade que mais precisa de discernimento para exigir níveis melhores de qualidade dos aparelhos sociais, aqui em especial a educação.

Com isso, aqueles educadores que em seus ideários tinham como meta ensinar incondicionalmente para mudar a educação brasileira, ficaram no meio do caminho, no mundo das ideias e dos discursos inflamados objetivados pela falsa consciência de uma realidade que não aflorou. Esses, ficaram amarrados pelos aspectos da dominação, à medida que o conjunto das razões ideológicas dominante foram usadas de modo instigante.

A causa da inércia dos nossos pensadores está na forma como foram cooptados. Esses são atuantes em todos os níveis de hierarquia de governo ou como membro de colegiados, que não têm seus objetivos efetivados. Essa, é uma das formas encontradas pelo sistema de criar um zona de conforto para quem sempre os defendeu.

Essa relação de dominação nada tem a ver com a ideologia discutida nas bancas acadêmicas e sim em acomodação por meio do pseudo envolvimento, mas que compõem curriculum e avalizam a espoliação da sociedade. Pegando como exemplo o caso da educação, que sofre verdadeiro bombardeio midiático para a adoção de infraestrutura e projetos educacionais, antes de entender como funciona já tem um novo no ar.

Onde está essa massa crítica, os pensadores da realidade nacional com discernimento para separar o que é bom e nefasto para educação? Estão envolvidos pelas facilidades e deslumbre de que esses míseros recursos disponibilizados para seus trabalhos de pesquisa já é mais do que suficiente para dar conta da questões educacionais.

Alguns dos profissionais da educação assistem tudo de camarote, se isentando de não fazer parte dessa farra, ficando em cima do muro ou ainda se aquietando em seus fóruns e eventos diversos, enquanto se esquecem do tamanho da conta que a sociedade terá de pagar, sem que as políticas públicas educacionais sejam efetivas.

Políticas estas que estão longe de ser fruto do efetivar do senso comum. Com base em uma ideologia neutra em seu conjunto de ideias, pensamentos e visões de mundo do indivíduo e do seu coletivo, tendo como sentido a orientação das ações sociais, em especial, as políticas públicas para a educação.

O querer ideológico educacional brasileiro passa primeiro pela forma de governar e gestar as questões da educação, desde o infantil até a pós-graduação, que sem sombra de dúvidas pressupõe gestar o governo por plano de estado em detrimento de programas de governo cheios de ralos.

O caminho é a inversão de conduta, pondo em segundo plano as ideologias partidárias para buscar o ideário das necessidades do povo. Sem o qual, a sociedade corre o risco de morte, passando a resolver suas necessidade na base da força, uma convulsão social. Algo já evidente nos grandes aglomerados humanos do país, onde a falta efetiva da presença do estado, com suas políticas, faz com que a sociedade viva em conflito, matando mais que guerras pelo mundo afora.

Na sociedade de não letrados e sem um ideal de educação, a busca de um sonho coletivo de futuro e de nação não se realizará. A cidadania só é plena quando todos têm acesso aos bens sociais de qualidade, e a educação é o motriz dessa transformação.

(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.

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terça-feira, 12 de março de 2013

EDUCAÇÃO QUEIMA ETAPAS E PÕE EM RISCO O FUTURO DO BRASIL


Fonte: Ismael Bravo*

Os caminhos a serem trilhados na organização da educação brasileira deveriam ter sido solidificados seguindo os princípios apontados pelos pioneiros da educação no Manifesto dos Educadores de 1932 e 1959, assim teríamos em que nos basear hoje.

Nas décadas posteriores aos manifestos as atenções estavam voltadas à busca de liberdade que ao ser conquistada estava sem os fundamentos educacionais necessários à nova realidade social a ser vivenciada pelo povo brasileiro. O reflexo é sentido nos dias atuais com a formação de gerações de profissionais de educação que buscam uma ideologia para sobreviverem consubstanciados em uma fundamentação teórica que não dá conta de responder à realidade atual da sociedade com relação à educação.

Percebe-se a formação de professores que não se engajam na luta para efetivação do ideal de educação que dê conta das transformações sociais. Faltou e falta a esses profissionais o real da diversidade social e da miscigenação que fundiu a nossa sociedade.

Para corroborar, a estrutura acadêmica para formação de professores passou por turbulência tão grande que sente-se hoje a sua repercussão, desde a falta de entendimento por parte das representações de classe, que não têm claro a formação ideal, até a desestruturação dos Cursos de Pedagogia, antes como Normal Superior e posteriormente retomando a nomenclatura original, somente com a habilidade de magistério.

Com isso perdeu-se todo elã no processo de construção histórica à medida que as bases de fundamento também mudaram, ao se estabelecer como princípio a aderência das habilidade e competência dos professores formadores para atuarem nos cursos de pedagogia. O procedimento de verificação nas avaliações dos cursos pelo MEC/INEP, afastou da formação inicial professores oriundos das outras ciências necessárias ao dia a dia da educação, como: administração, contabilidade, economia, geografia, demografia, sociologia, direito, psicologia, andragogia, entre inúmeras outras.

O que temos são algumas gerações formadas, fruto da queima de etapas, que provocou a segmentação em seus processos de formação, sem os fundamentos necessários para a tomada de decisão e até para o encarreramento dentro do universo educacional, falta-lhes o básico.

Existem tentativas de corrigir esse processo com foco em resultados imediatistas aos montes, haja vista a quantidade de programas governamentais, tanto federal como estaduais, que a princípio parecem ser a solução, mas que não dão conta da diversidade existente no país. Como exercício é só dividir o volume que está sendo destinado pelo número de escolas nessa extensão territorial e ter a triste certeza de que muitos não vão receber nada.

Cabe aqui a busca por um Novo Manifesto que venha de encontra ao equacionamento e um novo direcionamento estrutural da educação no Brasil, transformando a educação em setor supra político, em que interesses partidários e de promoção de governo fiquem de fora.

Só para citar como exemplo estamos há três anos sem um Plano Nacional de Educação e os indicativos do CONAE 2010 não foram incorporados, embora o novo Fórum Nacional de Educação já inicia os preparativos do CONAE 2014, isso ajudará à quem? À educação, pode-se garantir que não. Está muito mais para aquietar os nervosos de plantão, colocando-os nessas comissões que não estão a levar a nada, do que discutir a estrutura da educação e sua transformação para atender a sociedade atual.

Isso é tão verdade que haja visto o descaso com o financiamento da educação é tamanho, quando se debatem detalhes sobre a disposição de recursos advindos de fontes poluentes, cujo destino será nas mãos dos governantes para que façam reverência com dinheiro dos alunos, ao invés de direcioná-lo direto para a escola. Prove que não é assim!

(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.

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sábado, 2 de fevereiro de 2013

QUANTO DE LETIVO SERÁ O ANO ESCOLAR?


Fonte: Ismael Bravo*

Nesse momento em que muitos estão voltando de férias, alunos, profissionais da educação, pais e responsáveis, já vemos a correria atrás dos materiais dos filhos, outros em busca de matrícula, a imprensa a divulgar informações sobre esse momento e por aí a fora. Porém, deveria incomodar e ficar latente saber se as unidades escolares já estão planejadas e preparadas para o início letivo deste ano.

Duas linhas tênues de raciocínio podem ser trilhadas, a dos recursos e a pedagógica, mas que interdependem para o sucesso objetivado para a escola, o de ensino e aprendizado. Poderíamos estar aqui a desvelar essa interação e discutir conceitos, um prato cheio para desfile das teses, que fica para os grandes eventos educacionais.

Acontece que o ponto central dessa temática está focado na efetividade de tempo que o educador estará com o aluno tratando da sua formação ao longo do ano letivo. Fala-se em duzentos dias, mas quanto desses destinados ao ensino aprendizado?

Em tempos de muita água e de instabilidade climática nesse nosso verão temos uma enxurrada de obrigações impostas à escola, de diversas ordens, uma verdadeira panaceia de assuntos e rotinas burocráticas impostas por legislações que nem com o tempo integral  as unidades dão conta de atender os objetivos para que foram criadas e tão pouco os profissionais da educação preparados para tal.

Já é de longe a necessidade de que se estabeleçam em nosso país clareza no papel dos poderes constituídos de modo que cada um em sua esfera de competência cumpra o que determina a carta magna.

Então vejamos, o congresso por ter sua comissão de educação, alguns congressistas  se acham no direito de criar leis ao bel prazer, muito mais eleitoreiras, até para poderem melhorar seus ranques de atuação, fazendo disso palanque, ao invés se preocuparem em fiscalizar o executivo na efetivação daquilo apregoado na constituição do que deva ser a educação dos brasileiros.

As três esferas do legislativo representadas pelos congressistas, deputados estaduais e vereadores, devem fiscalizar o cumprimento das Constituições Federal e Estadual e a Lei Orgânica dos Municípios. Então, é de bom senso e respeito ao curto tempo para educar que parem de ficar criando datas de comemorações, em que temos dias e semanas para tudo e todos os gostos, sem contar ainda aquelas criadas pelas Secretarias de Educação e pela própria unidade escolar.

Todo esse discorrer é fato. Portanto, cabe aqui um manifesto a esse estado de coisa em pró do ano-letivo com foco no aproveitamento do tempo com o aluno, transformando o Projeto Político Pedagógico Escolar em Plano de Ensino e de Aula, que leve em consideração o processo de ensino que evidencie a diversidade e a criatividade, de modo que não tolhe a espontaneidade e crie pré-conceitos inibidores ao desenvolvimento do aluno. O crescimento na melhoria da educação agradece.

Fica aqui a sugestão aos profissionais da educação de, no trato do ensino aprendizado, utilize toda disposição metodológica possível, mesmo que diversificada em uma mesma sala de aula, indo de encontro à individualidade do aluno. Coloque em constante cheque a didática, entendendo que cada aula poderia ser a ultima a ser realizada e que o sucesso do aluno é o do profissional também, é preciso mudar, pois quando percebemos a mudança mudou.

É premente quebrar as amarras pedagógicas e estruturais da educação em prol de evidenciar o sucesso no alcance dos objetivos, utilizando o que tem de mais rico em nossas crianças, a falta de pré-conceito no trato do novo, independente do nível e modalidade educacional.

Essa convicção esta calcada na construção da educação que venha de encontro à realidade dessa nova geração, totalmente diferente da estrutura acadêmica existente que remonta de século e que vêm a tempo pedido mudanças.

Então, por que não começar agora! Pensem bem, temos objetivos educacionais a serem cumpridos e o tempo é o senhor da situação.

(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.

domingo, 20 de janeiro de 2013

PRIMEIRO SEMESTRE A ÚLTIMA CHANCE DO IDEB-2013


Fonte: Ismael Bravo*

Já foi revisto o Plano de Gestão e o Projeto Político Pedagógico para 2013? O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB esteve na pauta? Se sim, ótimo. Caso contrário, esse primeiro semestre é a ultima chance de fazer algo.

Aos gestores que foram reconduzidos ao cargo e aos novos, ambos serão os consultados sobre os resultados esperados e a posteriori, os obtidos. E não adianta, o resultado do IDEB-2013 já é de sua gestão que esta iniciando. Corroborando com isso, a nossa sociedade também entende e espera que o gestor atual deva responder pelo resultado auferido, seja ele qual for.

Mesmo aqueles que acham que os resultados obtidos estão dentro do projetado, é bom não esquecer que o índice vai de zero a dez e pelos resultados apresentados a grande maioria dos entes federados tem muita margem para crescer.

Vamos lá, só para rememorar, em poucas palavras, o IDEB foi desenvolvido pelo Inep/MEC para observação de dois aspectos: o fluxo (progressão ao longo dos anos) e o aprendizado (desenvolvimento dos alunos), um modelo que procura mostrar qualitativamente como anda a educação no Brasil.

Simplistamente e de forma macro o índice apurado para compor o IDEB é resultante matematicamente da operação de multiplicação entre os indicadores de fluxo e aprendizado.

Faça uma ultima reflexão nos resultados obtidos anteriores e nas recomendações, para não correr risco algum acesse o link: http://www.camposebravo.com.br/links.asp e procure em Indicadores Educacionais o Portal IDEB, onde encontrará os resultados, composições e sugestões.

Em sendo esse semestre a última chance de fazer algo, é importante e premente ter informações em tempo real do aluno, alvo desse processo de verificação. Aqui cabe uma sugestão: Desenvolver e executar uma gestão de ensino e gerenciamento de informações por meio de uma Gestão Educacional com Tecnologia de Resultados.

Com utilização de resultados em tempo real, a tomada de decisão torna-se mais assertiva para um período curto de ação.

(*) Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.